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"Então, quando chegar a hora... o menino deverá morrer?"

Crônica Inicial para os membros do melhor Rpg de Slytherin!

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Capítulo 1

Somente eu posso viver para sempre...

Não havia mais escapatória. E, por mais que tentassem, eles não tinham mais para onde correr. O Lord das Trevas havia escolhido bem quais Comensais teriam a honra e a responsabilidade de realizar o cerco e o ataque ao Castelo de Magia e Bruxaria de Hogwarts. E eles o haviam feito com maestria.

 

A noite daquele 2 de maio avançava rapidamente. E, por mais que as nuvens insistissem em a encobrir, era possível ver o brilho da lua em alguns pontos iluminados do terreno. Qualquer bruxo que estivesse perto do penhasco localizado próximo ao Castelo veria, dentro e ao redor destes pontos, as centenas de seguidores que o Lord das Trevas convocou para este ataque.

 

Ao fundo, Lord Voldemort conseguia ouvir as vozes daqueles que, como uma desesperada medida de proteção, entoavam encantamentos em uníssono e criavam uma barreira ao redor dos terrenos.

 

Protego Maxima. Fianto Duri. Repelo Inimigotum.

Seu rosto era uma sádica máscara feita com a personificação de suas intenções para com aqueles que, usando de toda a covardia que possuíam, escondiam- se por trás daquela redoma mágica. Virando seu corpo em direção aos seguidores que aguardavam suas ordens, ele os encarou... sem proferir nenhuma palavra. Sabia que não seria necessário pois, em seu olhar, seu comando já estava explicito. 

 

Ele virou-se novamente para frente no mesmo instante em que uma quantidade incalculável de feitiços e maldições foram disparados em direção ao Castelo. E gargalhou alto quando, ao atingirem, macularam sua superfície com rachaduras que, mais cedo ou mais tarde, levariam aquela proteção ao chão.

 

O Lord das Trevas gargalhava enquanto ouvia as mentes daqueles que corriam sem direção, com os corações tomados pelo medo e pela dúvida atrelada à morte eminente... Ao mesmo instante em que se deliciava com a inconsequente coragem nutrida pelos poucos que ainda achavam prudente tentar defender Hogwarts de seu poder.

 

Erguendo seu braço esquerdo o apontando na direção do campo de quadribol, ele diz:

 

- Ataquem! Façam sofrer qualquer um que entrar em seus caminhos! Que o mero erguer de suas varinhas faça com que eles prefiram a morte!

 

Com exceção de seus seguidores mais próximos, todos começaram a correr em direção às passagens que conduziam até seu objetivo. Com os dedos apertando firmemente suas varinhas e as gargantas preenchidas por gritos de fúria e adrenalina, poucos minutos foram necessários para que vissem as paredes externas daquele castelo que, pela ordem do Lord das Trevas, deveria vir ao chão.

 

Explosões. Parte de uma alma destruída. Um grande lampejo prateado a coroar as últimas despedidas e as últimas trocas de olhares. Foi assim que o grande ataque começou....

 

... e foi através de momentos de frenesi recheados de gritos, pavor, desespero e humilhação que ele chegou ao fim. Com o derramamento desnecessário de sangue mágico... simplesmente pelo fato de que um deles não foi corajoso o bastante para encarar seu destino: Reconhecer nos olhos do Lord das Trevas a feição da morte.

 

Capítulo 2

 

Um fim digno para seus mortos...

 

Toda a extensão dos terrenos do Castelo estava preenchida por corpos e por aqueles que, mesmo que tivessem sobrevivido, haviam sido feridos em combate. Alguns mais resistentes ainda estavam duelando por suas vidas ou por suas ordens, porém o cansaço já começava a dominá-los. Neste momento o Lord das Trevas, que esteve acompanhando a tudo de dentro das mentes dos envolvidos, usou-se de sua magia e disse a todos:

 

- Não perderei muito tempo e não desperdiçarei mais magia do que o necessário para falar com bruxos tão medíocres quanto vocês.... Porém tenho que reconhecer a bravura por trás de suas ações de defesa para o local que tentam proteger, independente de quão tola ela seja. Por isto e pelo desperdício de sangue mágico que vocês trouxeram ao mundo, ordeno que meus seguidores se retirem, esperando que vocês se dignem a, com este tempo, honrar aqueles que morreram por sua inconsequência. – Ele fez uma longa pausa – Para aquele que sobreviveu apenas pela força dos outros e, mantendo essa covardia viva, se escondeu enquanto os demais morriam por ele, digo o seguinte:

 

- Venha até mim... encare a morte de frente! – Demonstre, ao menos em vista daquela que será seu fim, se alguma coragem ainda existe em você... se falhar em atender a meu chamado, eu irei até você. Porém, farei questão de construir meu caminho com os corpos de todos que tentarem esconder você de mim!

 

Capítulo 3

 

Não existe desonra maior...

 

- Milord, deixe-me buscar o garoto! Deixe-me esfregar seu nariz na lama da Floresta Proibida e colocá-lo em seu devido lugar... a seus pés.

 

Parado próximo a uma árvore que cresceu ao sul de uma das clareiras da Floresta, o Lord das Trevas abriu os olhos e teve sua concentração quebrada pela voz de Bellatrix Lestrange, que lhe falava com a expressão tomada pelo respeito e pela admiração. Jogando o pescoço para trás enquanto girava o corpo e caminhava em sua direção, o Lord das Trevas rangeu os dentes e deixou o braço da varinha descansar ao lado do corpo, antes de lhe responder:

 

- Bellatrix, sua imoderada sede de sangue será sempre algo que levarei em consideração.... Porém ordeno a não abrir a boca novamente para proferir tamanha idiotice. Eu, e apenas eu, devo livrar o garoto de sua pífia existência.

 

À bruxa apenas restou abaixar sua cabeça em reverência e observar quando o Lord das Trevas lhe dava as costas e andava em direção ao local onde anteriormente estava, mantendo sua atenção no centro da clareira desta vez. Ao redor, seus comensais alternavam os olhares dele para o caminho que levava até ali, perguntando-se até quando deveriam esperar e se era prudente falar algo relacionado a isto ao Lord.

 

Este, por sua vez, fechou os olhos novamente enquanto sentia o poder de sua varinha. Ele conseguia sentir que sua afinidade para com ele tinha aumentado e muito nos últimos minutos.... Porém também sentia que ainda falta algo, talvez um ínfimo detalhe, para que essa afinidade fosse completa.

 

Os sons de surpresa feitos pelos Comensais mais próximos a ele deram-lhe a certeza de que este detalhe havia acabado de pisar na clareira.

 

Um forte brilho preencheu por completo os olhos do Lord das Trevas quando, ao os abrir, deparou-se com aquele que, 17 anos antes, o havia enfraquecido. Sua expressão transbordava em crueldade... e esta irradiava a todos os presentes enquanto ele caminhava em direção a vingança contra o covarde que, durante anos, o manteve afastado do seu lugar de direito... o de dominador de toda a magia!

 

Uma estranha serenidade moldou seu rosto quando, por fim, ele falou:

 

- O inseto que tão temerosamente sobreviveu, finalmente, caminha em direção ao fim que merece e que deveria ter recebido anos atrás... a meus Comensais, digo que aproveitem a situação e observem... é isto o que irá acontecer com qualquer um e qualquer coisa que decidir ficar no meu caminho!

 

O silêncio naquele local era tão profundo que todos apenas conseguiam ouvir os silvos baixos de Nagini, enquanto ela rastejava em direção à barra das vestes do Lord das Trevas... e assim tudo permaneceu, ao menos até o momento em que, apontando a varinha para o peito de Harry Potter, Lord Voldemort escancarou a boca e gritou:

 

- Avada Kedavra!

 

Um clarão verde e nebuloso ofuscou a vista de todos ali, incluindo a do próprio Lord das Trevas. Isso não o surpreendeu, mas o que enxergou vindo em sua direção através do forte brilho esmeralda, sim...

 

Brotando do meio da névoa, ele viu o rosto de Narcisa Malfoy. Esse foi crescendo cada vez mais enquanto se aproximava do seu até que, parando a poucos centímetros de seu rosto, sua boca se ostensou até que apenas ela poderia ser vista. E, de seu interior, Lord Voldemort viu algo que mudaria sua existência...

 

... ele se viu em pé, no átrio do que um dia foi o Ministério da Magia. Enquanto olhava ao redor, ele percebeu que nenhum traço de sua arquitetura, com exceção da fonte central, estava igual ao que era antes. Porém essa não representava mais a irmandade mágica. A bruxa, o centauro, o duende e o elfo doméstico haviam sido substituídos por uma massiva estátua dele, em posse das relíquias da morte e segurando um crânio em sua mão direita. E aos pés dela, em uma inegável reverência, estava Lucius Malfoy... logo abaixo de um imenso retrato seu que pendia da parede do lado esquerdo.

 

Enquanto procurava assimilar e compreender o significado desta visão, toda ela se desfez em um turbilhão verde e prata. E este o transportou para outro local.

 

Não foi necessário mais do que um segundo para que o Lord das Trevas percebesse que estava em Hogwarts, mais precisamente no Salão Principal. A atmosfera e os móveis do local, contudo, não eram mais os mesmos. Do local onde ficava a mesa do corpo docente, apenas Lord Voldemort, Severus Snape e Bellatrix Lestrange encaravam aos alunos e demais membros do corpo docente presentes, enquanto dois alunos de Grifinória e de Lufa-Lufa eram trancados em jaulas flutuantes no meio do salão e eram torturados com o uso da Maldição Cruciatus, disparada por dois irmãos Comensais ali presentes.

 

Um novo turbilhão encheu o local, transportando novamente o Lord das Trevas para a Floresta Proibida. Ele viu o céu estrelado emoldurado pelas copas das árvores próximas, percebendo que algo o havia derrubado... no mesmo instante em que o rosto de Bellatrix bloqueou o que ele via enquanto ela desesperadamente lhe questionava:

 

- Milord... Milord... você está bem? 

 

- Malfoy... Narcisa Malfoy... – disse Lord Voldemort, com os dentes trincados. Tem que ser ela.... Vá.... Vá até o garoto... vá até o garoto e verifique se ele está morto...

 

Ela, assim como todos, sabia que não era prudente ignorar uma ordem do Lord das Trevas. Soltando delicadamente a mão de Lucius da sua, ela andou até o local onde Potter estava caído com o rosto voltado para a grama e aparentemente muito ferido, senão morto.

 

Lá chegando, ela abaixou ao seu lado e colocou os dedos no lado direito de seu pescoço, enquanto aproximava seu ouvido de sua boca. Buscava pela ausência de sinais vitais que comprovariam sua morte quando ouviu, em um volume incrivelmente baixo, as seguintes palavras:

 

- Draco... vivo... Castelo... deixe-me ir e a levarei até ele...

 

Narcisa Malfoy, por nascimento Narcisa Black, já havia passado por várias dificuldades em sua vida. Porém nenhuma foi maior do que o dilema gerado por sua fidelidade ao Lord das Trevas se opondo ao amor por seu único filho, Draco. 

 

Ela sentia suas mãos tremerem enquanto sua mente e seu coração lutavam dentro deste dilema. Mas ela sabia o que fazer... sabia que isso lhe doeria muito e lhe marcaria para sempre.... Mas ela sabia o que tinha de ser feito... e foi por saber que, com as lágrimas a lhe banhar a face, ela levantou-se e disse, virando em direção ao Lord das Trevas:

 

- Vivo. O garoto vive!

 

Já recuperado do choque que a visão lhe trouxera, Lord Voldemort sabia que não deveria perder mais tempo. Ele sabia que nenhum segundo a mais deveria ser perdido com a ralé amantes de sangues-ruins que ali estava representada por Harry Potter. Portanto, erguendo-se do chão, ele voa em direção aquele que ousou lhe enfrentar.

 

Afastando Narcisa do caminho com a densa névoa negra resultante de seu voo, ele materializa por meio dela apenas a parte superior de seu corpo, sem tocar o solo. Com um rápido aceno de sua varinha desarmou Potter, fazendo com que a Varinha das Varinhas voasse para seus longos e brancos dedos. E, através de um segundo Avada Kedavra arrebatou, por completo e de uma vez por todas, toda e qualquer vida do seu corpo. 

 

Capítulo 4

 

Ascenção. Caveiras sobre um lampejo verde.

 

Eram aproximadamente sete horas da manhã quando Alexys acordou. Tivera uma noite agitada e pouco dormira... com certeza pela mistura da ansiedade para o embarque no expresso que a levaria para Hogwarts com o orgulho que sentia por, finalmente, ter a chance de estar mais próxima do Lord das Trevas e de seus seguidores.

 

Desde o início seus pais eram adeptos da ideologia por trás da mente brilhante de Lord Voldemort. Desde que ela se entendia por gente ouvia longas e interessantes conversas sobre como ele, o maior bruxo de todos os tempos (era a frase que ela mais ouvia em sua casa) iria salvar o mundo mágico de uma vez por todas e colocar os “trouxas imundos” em seu devido lugar. 

 

Alexys acreditava nisto. Sentia que isso era o certo. E se orgulhava de fazer parte de uma família que pensava assim. 

 

Fechou seu malão devagar depois de conferir mais uma vez se nada estava faltando. Olhou para o relógio e percebeu que ainda faltavam algumas horas para que seu pai lhe chamasse para a levar até King’s Cross, então decidiu se deitar e repousar um pouco. 

 

Começou a sentir sono, mas sabia que não poderia dormir naquela hora. Não queria arriscar a mínima chance de perder o embarque. Sentindo sua mente transitar entre os níveis de sonolência, lá se pegou lembrando do que acontecera a dois anos antes... e de como isso mudara para sempre sua vida e seus planos para futuro.

 

Ela se lembrava, como se fosse hoje, do seu pai aguardando ansiosamente por notícias em relação ao ataque em Hogwarts. Apesar de não ser um Comensal, conhecia alguns deles e sabia que seria feito um ataque ao Castelo... sabia que este seria comandado pelo Lord em pessoa e que, junto com alguns de seus mais fiéis adeptos, eles iriam eliminar todas as defesas que procuravam manter aquele frágil sistema de pé.

 

Ela se lembrava de muitas coisas daquela noite, mas com certeza o momento mais inesquecível foi quando uma grande coruja marrom com as asas salpicadas de preto entrou voando pela sala e, assustando os presentes, pousou na perna de meu pai. Ele retirou do bico um pequeno pedaço de pergaminho amarrotado que fora escrito as pressas, pela maneira disforme como as palavras foram nele traçadas. 

 

Até a leitura do pergaminho, seu pai apenas estava apreensivo pela súbita entrada daquele animal. Após ela, contudo, seu rosto foi invadido por um eufórico sorriso e ele, a plenos pulmões, começou a se felicitar com todos, dizendo:

 

- Ele conseguiu! O Lord das Trevas conseguiu! Ele derrotou Harry Potter.... Derrotou todos aqueles que tentaram manter esse ridículo governo em pé!

 

Em meio aos vivas e as demonstrações de orgulho e alegria, ele continuou:

 

- Foi Narcisa... Narcisa Malfoy! Foi ela que honrou o Lord das Trevas e tornou tudo possível, notando que Potter ainda estava vivo e repassando essa informação ao Lord!

 

Alexys sentou-se na cama. Com essa última frase reverberando por toda sua mente, ela olhou para o relógio e se assustou ao perceber como as horas haviam passado tão rápido. Em breve estaria sendo chamada para sair e teria que estar pronta. Os sons de passos e de café sendo preparado no andar de baixo apenas confirmou isto. Então, ela correu para o banheiro a fim de se preparar, enquanto pensava:

 

- Chegou o dia.... finalmente chegou o dia onde pisarei pela primeira vez em Hogwarts. E não apenas em uma Hogwarts qualquer, mas naquela que reflete tudo aquilo que eu acredito... e que, tendo Bellatrix Lestrange como responsável da casa de Salazar e Severus Snape como Diretor, finalmente chegará ao nível merecido!

 

- O mundo nunca mais será o mesmo... – Disse Alexys baixinho, enquanto trancava a porta do lavabo e se prepara para tudo aquilo de extraordinário que estaria à sua espera assim que colocasse seus pés na plataforma 9 e ¾. 

 

Autor: Ex Ministro Amycus Carrow

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"Não existe o bem e o mal...

Só existe o poder e os que são fracos demais para conseguí-lo"

© 2019 Baseado na obra de J.K. Rownling

Criação: Lord Voldemort

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